O CNE informou que 59,97% dos 21,3 milhões de eleitores venezuelanos aptos a votar participaram da eleição. Maduro obteve 6,4 milhões de votos, enquanto González alcançou 5,3 milhões. O conselho eleitoral não especificou quando serão divulgadas as atas eleitorais desagregadas por seção de votação, solicitadas por países como Brasil, México e Colômbia.
O presidente do CNE, Elvis Amoroso, explicou que a demora na divulgação dos resultados se deu devido a um ataque cibernético contra as telecomunicações do país. Amoroso relatou que houve ataques massivos de diferentes partes do mundo contra a infraestrutura tecnológica do órgão eleitoral e das principais empresas de telecomunicações estatais, o que retardou a transmissão das atas e a divulgação dos resultados.
O presidente do CNE não mencionou uma data para a publicação das atas por seção eleitoral. No primeiro boletim, divulgado na madrugada de segunda-feira (29), com 80% das urnas apuradas, Maduro aparecia com 51,21% dos votos e González com 44%.
A oposição contestou os resultados e divulgou supostas atas eleitorais em um site na internet que indicavam a vitória de Edmundo. Na quinta-feira (1º), o governo dos Estados Unidos reconheceu os dados apresentados pela oposição.
Diante das controvérsias, Nicolás Maduro entrou com um recurso no Tribunal Superior de Justiça (TSJ) venezuelano solicitando uma investigação sobre o resultado eleitoral. Uma audiência foi marcada na Corte Suprema para iniciar as investigações do processo eleitoral.