Os socialistas conquistaram 42 cadeiras, em um total de 135, enquanto a aliança de extrema esquerda Sumar obteve seis e a ERC, 20. Formar um governo na Catalunha é estratégico para Sánchez, que busca reduzir o apoio ao independentismo, incluindo a proposta controversa de anistia para os envolvidos no referendo ilegal de 2017 sobre a independência, desencadeando uma crise política na Espanha.
O pré-acordo entre ERC e os socialistas prevê conceder à Catalunha o controle total dos impostos arrecadados na região, uma antiga reivindicação dos partidos independentistas. Contudo, essa proposta precisa ser aprovada pelo Parlamento espanhol e enfrenta oposição conservadora, que argumenta que isso privaria o Estado central de importantes receitas.
Os militantes do ERC aprovaram o pré-acordo com 53,5% dos votos a favor em uma votação interna. Marta Rovira, secretária-geral do partido, declarou que “hoje o resultado é um sim”, em uma coletiva de imprensa em Barcelona. Se não houver um acordo sobre um novo chefe do governo regional da Catalunha até 26 de agosto, novas eleições serão convocadas para outubro.
Sánchez defendeu o acordo como um marco para a Catalunha e para a Espanha, afirmando que ele abrirá caminho para um novo período na região. Esse acordo representa um passo significativo na política espanhola, com potencial para redefinir as relações entre a Catalunha e o governo central.