O cerne da questão é a alegação de que quatro membros da diretoria do partido foram nomeados antes mesmo de se filiarem. Segundo os reclamantes, a diretoria teria sido registrada em março, enquanto os quatro dirigentes só se filiaram em abril.
No entanto, na contramão das expectativas dos contestadores, o desembargador Otávio José Minatto decidiu indeferir o mandado de segurança e manter a realização da reunião do PL. Minatto salientou que o partido cumpriu todas as exigências estatutárias e legais para seguir em frente com a convenção.
Mesmo com a decisão de Minatto, o imbróglio não foi resolvido definitivamente, já que a ação continuará sob análise da Corte Eleitoral. Isso implica que a convenção ocorrerá nesta segunda-feira sub judice, ou seja, sujeita a decisões futuras que poderão invalidar as candidaturas apresentadas.
Jair Renan Bolsonaro, o filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro, é um dos nomes em destaque nesse cenário político conturbado. Aos 26 anos, ele é o quinto membro da família a tentar um cargo eletivo, residindo atualmente em Santa Catarina, onde já começou a articular sua campanha com diversas lideranças locais.
O empresário Emílio Dalçóquio Neto, apontado pela Polícia Rodoviária Federal como um dos financiadores de bloqueios antidemocráticos, é o padrinho político de Jair Renan Bolsonaro nessa empreitada. No entanto, cabe ressaltar que a investigação sobre as ações de Neto foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Dessa forma, a convenção do PL em Balneário Camboriú ganha contornos de um verdadeiro thriller político, com desdobramentos incertos e uma atmosfera de tensão que coloca em xeque o futuro das candidaturas apresentadas. A decisão final da Justiça Eleitoral será determinante para os rumos dessa disputa em Santa Catarina.