Líder do Hamas é assassinado no Irã e escalada de violência ameaça incendiar o Oriente Médio em resposta militar iminente

O governo do Irã declarou, nesta segunda-feira (5), que vê como um dever moral responder ao assassinato do líder da ala política do Hamas, Ismail Haniyeh, que foi morto na semana passada em Teerã, capital iraniana, em um ato atribuído a Israel.

O Oriente Médio encontra-se em um clima de tensão desde o ataque, que aconteceu em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas. Há uma expectativa de uma resposta militar por parte do Irã, o que poderia potencialmente inflamar toda a região.

Os Estados Unidos sinalizaram que uma ação por parte do Irã é esperada nas próximas 24 a 48 horas. Os israelenses, por sua vez, já aprovaram planos para lidar com diversos cenários de possíveis ataques.

Em uma reunião com embaixadores baseados em Teerã, o chanceler interino, Ali Bagheri, afirmou que todos têm o dever moral e a responsabilidade de não ficarem em silêncio diante das injustiças e violências cometidas contra o povo palestino. Ele defendeu que a indiferença diante do mal é uma forma de negligência moral que apenas contribui para a disseminação do mal.

O ataque contra Haniyeh ocorreu logo após a posse do novo presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, e um dia depois do comandante militar da milícia libanesa Hezbollah, Fouad Shukr, ser morto em outra ação em Beirute. Israel foi acusado pelo assassinato do líder político do Hamas, além do ataque ao comandante do Hezbollah.

A resposta do Irã é aguardada com expectativa, especialmente porque as relações entre o país e Israel são historicamente tensas. O governo iraniano tem buscado apoio de aliados estratégicos, como a Jordânia e a Rússia, e tenta criar uma narrativa de que a resposta armada é um direito diante das agressões sofridas.

A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos dessa situação delicada, com a expectativa de que a paz na região possa ser mantida e que um conflito armado seja evitado a todo custo. O mundo aguarda com apreensão os próximos passos do Irã e de seus adversários no cenário geopolítico.

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