Repórter Recife – PE – Brasil

Maduro solicita certificação de reeleição contestada à Suprema Corte em meio a pressão interna e externa por transparência no processo.

A autoridade eleitoral da Venezuela está sob pressão para apresentar as atas de votação da contestada reeleição do presidente Nicolás Maduro à Suprema Corte. O prazo dado para isso é até esta segunda-feira (5). Essas são as atas que a oposição e parte da comunidade internacional têm exigido desde que Maduro foi proclamado vencedor das eleições em 28 de julho.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) confirmou que Maduro foi reeleito com 52% dos votos, enquanto o candidato opositor Edmundo González Urrutia obteve 43% dos votos. A oposição denunciou fraudes e afirma possuir provas de que González foi o verdadeiro vencedor. No entanto, o CNE ainda não divulgou detalhes sobre o resultado das eleições, uma vez que seu site está fora do ar desde então, devido a um suposto “ataque em massa” ao sistema, justificativa contestada por especialistas.

Diante da pressão interna e externa por uma apuração transparente, Maduro solicitou à Sala Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que “certifique” a eleição, alegando uma tentativa de golpe de Estado. Contudo, até o momento, o CNE não confirmou nenhum movimento para entregar os documentos.

Perante o cenário político conturbado na Venezuela, as manifestações contra a proclamação de Maduro resultaram em pelo menos 11 civis mortos e mais de 2.000 detidos. O presidente chamou esses eventos de um “golpe de Estado ciberfascista”. Enquanto isso, a oposição e líderes internacionais como Emmanuel Macron e Luiz Inácio Lula da Silva apoiam a realização de novas eleições transparentes.

A União Europeia se junta aos Estados Unidos e outros países latino-americanos ao não reconhecer os resultados da eleição de julho. O chavismo insiste na validade de seus resultados, enquanto a comunidade internacional pede por uma verificação independente. O clima político na Venezuela ainda está tenso, com desdobramentos imprevisíveis diante das pressões nacionais e internacionais.

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