Combate à fome: desafios e soluções para reduzir a insegurança alimentar no Brasil e no mundo

Em uma recente convenção, realizada por Antônio Campos, foi anunciado um compromisso ousado: erradicar a fome em Olinda. Essa proposta reveste-se de grande importância, considerando o cenário alarmante apontado pelo último relatório da O Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo. De acordo com o relatório, em 2023, 2,33 bilhões de pessoas enfrentaram insegurança alimentar moderada ou grave, sendo que 733 milhões passaram fome em todo o mundo.

No Brasil, os números também são expressivos. O Atlas Global de Política de Doação de Alimentos revelou que 61,3 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar, o que representa quase um quarto da população. A situação é ainda mais preocupante quando se observam os fatores que contribuem para a insegurança alimentar, como a inflação dos preços dos alimentos, as desacelerações econômicas, a desigualdade, as dietas inacessíveis e as mudanças climáticas.

Recentemente, durante um seminário internacional em São Paulo, a diretora-executiva da The Global FoodBanking Network, Lisa Moon, destacou a gravidade da situação. Ela ressaltou que milhões de pessoas em todo o mundo ainda lutam para ter acesso a alimentos suficientes, mesmo diante de um sistema alimentar que produz mais do que o necessário. A questão do desperdício de alimentos também foi abordada, apontando para a importância de políticas que incentivem a doação de alimentos e combatam o desperdício.

No Brasil, a problemática do desperdício de alimentos está intimamente ligada à indústria da carne, que apresenta altos níveis de desperdício de animais e carne. Para combater a fome e a insegurança alimentar, além de reduzir o desperdício, são necessárias ações coletivas e políticas públicas eficientes.

Diante desse cenário, iniciativas como o programa Sesc Mesa Brasil têm papel fundamental no combate à fome. O programa completou 30 anos e promove ações consistentes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, do desperdício e da vulnerabilidade alimentar. É preciso continuar debatendo sobre o assunto e buscar soluções inovadoras e sustentáveis para garantir a segurança alimentar de milhões de pessoas em todo o mundo.

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