Os estudiosos identificaram que as substâncias mensageiras orexina desempenham um papel crucial nesse processo de tomada de decisão. “Queríamos entender o que há em nosso cérebro que nos ajuda a resistir às tentações e fazer escolhas saudáveis”, afirma Denis Burdakov, Professor de Neurociência na ETH Zurich.
A dopamina, mensageiro cerebral conhecido por influenciar nossa motivação, não é suficiente para explicar por que optamos por fazer exercícios em vez de comer, por exemplo. É aí que entra a orexina, que tem um papel central na decisão entre diferentes opções quando disponíveis.
Para comprovar sua teoria, os pesquisadores realizaram experimentos com camundongos, nos quais observaram que os roedores com o sistema de orexina intacto dedicavam mais tempo à atividade física do que à alimentação, em comparação com aqueles nos quais a orexina estava bloqueada.
Dessa forma, os cientistas concluíram que a orexina não controla diretamente a quantidade que os camundongos se movem ou comem, mas sim a escolha entre uma atividade e outra. Essa descoberta pode abrir caminho para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes no combate à obesidade e aos distúrbios metabólicos.
Diante dos alarmantes índices de sedentarismo e obesidade ao redor do mundo, a pesquisa realizada pela ETH Zurich pode fornecer informações valiosas para a promoção de hábitos mais saudáveis na população. Os cientistas agora planejam novos estudos e esperam que seus resultados possam ser aplicados em seres humanos.