Candidato da oposição da Venezuela se recusa a comparecer a audiência da Câmara Eleitoral em meio a reeleição controversa de Maduro.

O candidato da oposição à Presidência da Venezuela, Edmundo González Urrutia, causou polêmica ao anunciar que não comparecerá à audiência convocada pela Câmara Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) na manhã desta quarta-feira (7). A convocação tinha como objetivo rever o processo eleitoral que resultou na reeleição controversa de Nicolás Maduro, a partir do resultado oficializado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Em uma carta aberta, González explicou que considera o procedimento do órgão judicial irregular e violador das regras estabelecidas para a disputa eleitoral. Além disso, o candidato alegou que sua segurança pessoal estaria em risco caso comparecesse ao local. Ele enfatizou que o procedimento adiantado pela Câmara Eleitoral não tem respaldo legal na Lei Orgânica do Tribunal Supremo de Justiça ou em qualquer outra legislação eleitoral vigente.

A Câmara Eleitoral do TSJ venezuelano havia previsto ouvir os candidatos envolvidos no processo eleitoral, incluindo González, a partir desta quinta-feira. No entanto, o candidato opositor decidiu não participar das oitivas, alegando que o procedimento anunciado pelo tribunal representa uma usurpação das funções constitucionais do CNE.

González criticou o fato de que o órgão judicial estaria apenas certificando resultados que não foram produzidos de acordo com a Constituição e a lei, com acesso aos participantes às atas originais e auditorias necessárias. Ele ressaltou a necessidade de respeitar o devido processo legal e a transparência no procedimento de revisão eleitoral.

Desta forma, a recusa de Edmundo González Urrutia em comparecer à audiência agendada pelo TSJ venezuelano acrescenta mais um capítulo à conturbada política do país, refletindo as tensões e divergências no cenário político atual.

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