A carta dos estados de Minnesota, Pensilvânia, Michigan, Washington e Novo México foi motivada por preocupações de pesquisadores em relação à desinformação política que o site vem disseminando. O empresário Elon Musk, conhecido por seu apoio a Donald Trump, parece estar influenciando os eleitores antes das eleições de novembro ao propagar notícias falsas em sua conta pessoal, que conta com quase 193 milhões de seguidores.
O chatbot da rede social, chamado Grok, divulgou informações falsas sobre os prazos de votação após o presidente Joe Biden renunciar à corrida presidencial e apoiar a vice-presidente Kamala Harris como candidata democrata. Essas informações incorretas foram amplificadas por outras plataformas, gerando preocupações em relação à manipulação dos eleitores.
A carta assinada pelos secretários de estado responsáveis pela supervisão das eleições nos respectivos estados afirmou que o Grok disse erroneamente aos usuários que o prazo final para a votação havia expirado em nove estados. Essa mensagem implicava que Harris não era elegível para substituir Biden na votação, o que foi categoricamente desmentido pela carta.
Os estados solicitaram a Musk que implementasse imediatamente mudanças no Grok para garantir que os eleitores tenham acesso a informações precisas neste ano eleitoral crucial. A falta de respostas do X ao pedido de comentário da AFP gerou mais questionamentos e pressões por adequações na plataforma.
Diante de uma era polarizada e com eleições nos EUA configuradas como a primeira eleição de inteligência artificial, a preocupação com a disseminação de desinformação através de IA cresce. Os pesquisadores alertam para o potencial de manipulação dos eleitores por meio da desinformação, algo que pode comprometer a segurança e fidedignidade do processo eleitoral.