A ONG Iran Human Rights (IHR) foi a responsável por divulgar essas informações alarmantes. Outros grupos de defesa dos direitos humanos, como a Human Rights Activists News Agency (HRANA) e o Centro pelos Direitos Humanos no Irã (CHRI), ambos nos Estados Unidos, também confirmaram a execução de pelo menos vinte pessoas em Karaj.
É importante ressaltar que o Irã é o segundo país que mais executa pessoas no mundo, ficando atrás apenas da China, de acordo com dados da Anistia Internacional. Somente neste ano, o país já executou 313 pessoas, de acordo com a IHR. Vale destacar que uma execução coletiva dessa magnitude não ocorria desde 2009.
O diretor da Iran Human Rights, Mahmood Amiry-Moghaddam, alertou para a necessidade de uma resposta imediata da comunidade internacional diante desses acontecimentos. Ele destacou que, caso não haja uma intervenção, a República Islâmica do Irã pode continuar a impor sua máquina de matar, colocando em risco a vida de centenas de pessoas nos próximos meses.
Ativistas pelos direitos humanos acusam o Irã de utilizar a pena de morte como forma de intimidação, especialmente após os protestos desencadeados pela morte sob custódia de Mahsa Amini, uma jovem curda de 22 anos. Os protestos se intensificaram com a execução de Gholamreza Rasaei, condenado por assassinato. A região curda foi um dos principais epicentros destes protestos. A execução de Rasaei ocorreu de forma secreta, o que levantou questionamentos sobre a conduta do sistema judicial iraniano.
Diante desse cenário alarmante, a Anistia Internacional denunciou a ação do Irã, apontando que a pena de morte está sendo utilizada como ferramenta de repressão política, visando semear o medo na população.
Dessa forma, é urgente que a comunidade internacional se mobilize e tome medidas efetivas para impedir a continuidade dessas práticas desumanas no Irã. Não podemos fechar os olhos para as violações de direitos humanos que ocorrem no país e precisamos exigir respeito à vida e à dignidade de todos os seres humanos.