Primeiro caso de transmissão local de chikungunya em Paris é alerta para expansão geográfica de doenças transmitidas por mosquitos na Europa

Paris, a capital da França, foi palco do primeiro caso de transmissão local de chikungunya, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O paciente começou a apresentar sintomas no dia 18 de julho, uma semana antes do início das Olimpíadas, o que gerou preocupação entre as autoridades de saúde francesas. O Centro Europeu para Controle e Prevenção de Doenças (ECDC) confirmou que este foi o primeiro caso de transmissão autóctone na Europa desde 2017.

O médico epidemiologista André Ribas Freitas, professor da Faculdade de Medicina São Leopoldo de Campinas e de Limeira, em São Paulo, ressaltou a importância desse caso inédito no continente europeu. Ele afirmou que, embora a situação seja motivo de alerta, o risco para a população, incluindo os mais de 10 mil atletas participantes dos Jogos Olímpicos, é considerado baixo.

No entanto, as condições climáticas favoráveis ao mosquito transmissor, o Aedes albopictus, foram apontadas como um fator de preocupação. Este mosquito também é responsável pela transmissão da dengue e da zika em países europeus. O ECDC destacou que o Aedes albopictus está estabelecido nos departamentos de Paris e Hauts-de-Seine e alertou para a possibilidade de novas transmissões autóctones no futuro.

Ribas Freitas revelou que as mudanças climáticas têm contribuído para a expansão geográfica de doenças transmitidas por mosquitos na Europa. Ele enfatizou que a presença do Aedes albopictus na região metropolitana de Paris é um sinal preocupante, pois sugere um aumento nas áreas infestadas e na população do vetor.

Além do chikungunya, a França também registrou casos de transmissão local de dengue neste ano. A situação se agrava a cada ano, com um aumento no número de registros de transmissão local na Europa. O ECDC alerta para a necessidade de medidas de prevenção e controle mais eficazes para evitar a propagação dessas doenças transmitidas por mosquitos.

Diante desse cenário, é fundamental que as autoridades de saúde pública estejam atentas e adotem estratégias para conter a disseminação dessas doenças infecciosas. A população deve estar ciente dos riscos e colaborar com as medidas de prevenção, contribuindo para evitar surtos e epidemias dessas doenças transmitidas por mosquitos na região.

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