Repórter Recife – PE – Brasil

Tensão crescente no Oriente Médio com a nomeação de líder do Hamas e ameaças de ampliação do conflito em Gaza

A guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza completou dez meses nesta quarta-feira, sem indícios de um fim à vista e com a possibilidade de abertura de novas frentes após o assassinato do chefe do movimento islâmico palestino no Irã e do comandante do Hezbollah libanês em Beirute.

O Hamas nomeou Yahya Sinwar como seu novo líder em Gaza, em substituição a Ismail Haniyeh, assassinado em Teerã no final de julho. Israel acusa Sinwar de ser um dos mentores do ataque mortal executado pelo Hamas em território israelense em outubro do ano passado, que desencadeou a guerra. O chanceler israelense, Israel Katz, afirmou que a nomeação de Sinwar é motivo para eliminá-lo rapidamente, classificando a organização como terrorista.

Os ataques ao líder do Hamas e ao comandante militar do Hezbollah provocaram tensão na região, com ameaças de retaliação por parte dos grupos afetados. O chefe do movimento armado libanês, Hasan Nasrallah, declarou que o Hezbollah e o Irã estão obrigados a adotar represálias, independentemente das consequências.

Diante do risco de uma guerra se intensificar, a comunidade internacional se mobiliza para tentar conter a situação e retomar as negociações para um cessar-fogo e a libertação dos reféns em Gaza. Países mediadores, como Estados Unidos, Catar e Egito, estão em contato para encontrar uma solução para o conflito.

A população de Gaza mostra preocupação com a nomeação de Sinwar, temendo que a guerra se prolongue. O Exército israelense segue mantendo suas operações na região e afirma ter eliminado muitos terroristas.

Desde o início da guerra, em outubro do ano passado, mais de 39 mil pessoas morreram em Gaza, a maioria civis, de acordo com um balanço israelense. A situação permanece tensa, com Israel em alerta aguardando possíveis retaliações do Irã e de seus aliados.

A região também enfrenta tensões no Líbano, com a população temendo novos ataques. Vários países emitiram alertas aos seus cidadãos para que deixem o país, e companhias aéreas suspenderam voos para Beirute. Toda a região vive sob a ameaça de um novo conflito, e a comunidade internacional trabalha para evitar que a situação se agrave ainda mais.

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