Trabalhadores da Fiocruz protestam por melhores reajustes salariais em paralisação de 2 dias no Rio de Janeiro.

Trabalhadores da renomada Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) decidiram aderir a uma paralisação de dois dias, nesta quarta-feira (7) e quinta-feira (8), em busca de reivindicações por melhores reajustes salariais. Essa tomada de decisão se dá em meio a uma proposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, que foi rejeitada pelos servidores da Fiocruz.

Com uma manifestação marcada para ocorrer em frente à sede regional do Ministério da Saúde, no centro da cidade do Rio de Janeiro, os servidores já haviam interrompido suas atividades no dia 1º em busca de melhores condições salariais. A proposta apresentada pelo ministério, que oferece reajuste zero neste ano e aumentos de 9% em 2025 e 4% em 2026, foi fortemente criticada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz.

Segundo o sindicato, nos últimos 15 anos, os servidores da Fundação enfrentaram perdas significativas no poder de compra, sendo de 59% para trabalhadores de nível superior e de 75% para aqueles de nível intermediário. Diante dessa realidade, os servidores reivindicam reajustes de 20% para as próximas folhas salariais deste ano, 20% em 2025 e 20% em 2026.

A greve em si é resultado da profunda insatisfação com a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, que não corresponde às perdas salariais acumuladas pelos trabalhadores da Fiocruz desde 2010. O presidente do Sindicato, Paulo Garrido, destacou a importância de um acordo justo com o governo que reconheça a contribuição da Fiocruz para a sociedade e valorize seus trabalhadores.

A direção da Fiocruz demonstra apoio às reivindicações dos servidores e tem buscado diálogo com representantes do governo e do Congresso Nacional desde fevereiro. A expectativa é que as negociações avancem em prol dos trabalhadores, que esperam uma revisão mais favorável da proposta do Ministério da Gestão e da Inovação. Uma nova assembleia está prevista para a manhã desta quinta-feira, e o ministério se mostrou aberto ao diálogo, respeitando as limitações orçamentárias.

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