Polícia Federal deflagra segunda fase da Operação Trapiche para apurar indícios de financiamento do terrorismo no Brasil.

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (8) a segunda fase da Operação Trapiche, que investiga indícios de financiamento do terrorismo no Brasil. A ação vem nove meses depois da prisão de dois suspeitos ligados à organização de possíveis atos terroristas no país.

Desde as primeiras horas do dia, agentes federais cumpriram um mandado judicial de prisão preventiva e oito de busca e apreensão em cidades como Belo Horizonte, Uberlândia, Contagem, Brasília e São Paulo. A Justiça Federal também determinou o sequestro de valores, o bloqueio de contas bancárias e a suspensão imediata das atividades de empresas investigadas.

Segundo a PF, o principal investigado se aproveitava da vulnerabilidade de imigrantes e refugiados para abrir contas bancárias e empresas em seus nomes, sem que eles soubessem que estavam sendo usados para movimentar dinheiro destinado a atividades ilícitas. O financiamento do terrorismo seria sustentado por um “bilionário esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro”.

As investigações apontam que o esquema de financiamento incluía a utilização de proventos do comércio ilegal de cigarros eletrônicos contrabandeados, vendidos em lojas de tabacarias no Brasil, para custear passagens aéreas dos brasileiros recrutados para atividades terroristas no exterior.

Os envolvidos podem responder por diversos crimes, incluindo contrabando, integração de organização terrorista, atos preparatórios e financiamento do terrorismo. As penas máximas somadas chegam a 75 anos e 6 meses de reclusão.

A operação revela um cenário preocupante de financiamento do terrorismo no país e ressalta a importância do trabalho conjunto entre instituições de segurança para combater atividades ilícitas que ameacem a democracia e a segurança nacional. A PF continuará a investigar e monitorar essas organizações com o objetivo de evitar potenciais ataques terroristas em solo brasileiro.

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