Guardas penitenciários espancam presidiárias em protesto na prisão de Evin em Teerã, deixando ganhadora do Nobel ferida.

Presidiárias na seção feminina da prisão de Evin, em Teerã, foram espancadas por guardas penitenciários durante um protesto contra as execuções ocorridas na prisão. Entre as detentas feridas está a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Narges Mohamadi, de acordo com informações divulgadas pela família.

O protesto teve início em repúdio à execução de Gholamreza Rasaei, condenado pelo assassinato de um oficial da Guarda Revolucionária durante protestos nacionais em 2022. A família de Mohamadi relatou que diversas presas políticas, incluindo ela própria, se reuniram para protestar e acabaram sendo alvo de violência por parte das forças de segurança.

Segundo o comunicado da família, ordens foram dadas para que as mulheres que lideravam o protesto fossem espancadas, resultando em ataques violentos por parte dos guardas. A administração penitenciária iraniana negou as acusações, afirmando que as presidiárias estavam por trás dos ataques.

Narges Mohamadi foi agredida durante o confronto e sofreu um soco no peito, levando-a a desmaiar no pátio da prisão. Ela foi tratada na enfermaria da prisão, mas a família expressou preocupação com sua saúde, uma vez que não foi transferida para o hospital.

A ativista dos direitos humanos, de 52 anos, está presa desde novembro de 2021 e passou grande parte da última década na prisão. Mesmo detida e enfrentando problemas de saúde, Mohamadi continuou sua luta e apoiou fortemente as manifestações que ocorreram no Irã em 2022.

A família de Narges Mohamadi, que reside em Paris, relatou também que não teve contato direto com ela desde que seu direito de telefonar foi retirado em novembro passado. A situação na prisão de Evin continua preocupante, e a violência contra as presidiárias durante o protesto gerou indignação.

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