A determinação de Moraes faz parte da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta trama para um golpe de Estado em 2022. O ministro deu um prazo de 48 horas para que Bolsonaro e Valdermar expliquem a coincidência de suas presenças na convenção e esclareçam se houve desrespeito à ordem de não se comunicarem.
Tanto Valdermar quanto Bolsonaro solicitaram ao STF a revogação da proibição de comunicação, argumentando a necessidade de tomar decisões relacionadas às eleições municipais que ocorrerão em outubro. A defesa do ex-presidente também ressaltou a importância de sua presença como cabo eleitoral do PL. No entanto, Alexandre de Moraes negou o pedido, mantendo a restrição de contato entre os dois políticos.
A Operação Tempus Veritatis foi iniciada em fevereiro com o intuito de investigar uma possível organização criminosa envolvendo o governo Bolsonaro, com o objetivo de mantê-lo no poder e impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O caso ainda tramita sob sigilo no STF, e as medidas adotadas por Moraes evidenciam a seriedade das acusações que estão sendo investigadas. A presença de Bolsonaro e Valdermar na mesma convenção partidária levanta questões sobre a possível interferência de figuras políticas em assuntos delicados e estratégicos para o país. A resposta dos acusados será fundamental para esclarecer os acontecimentos e determinar eventuais responsabilidades.