Governo interino de Bangladesh liderado por Muhammad Yunus expressa “grande preocupação” com ataques a minorias religiosas

O governo interino de Bangladesh, agora liderado pelo ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Muhammad Yunus, demonstrou grande preocupação diante dos relatos de ataques a minorias religiosas nas últimas semanas. Essa postura foi adotada após a renúncia da primeira-ministra Sheikh Hasina, que ocorreu em meio a protestos estudantis violentos que culminaram na fuga da líder para o exterior.

A situação em Bangladesh se tornou tensa desde a tomada de posse de Yunus como chefe interino do governo. Relatos de violência contra casas, templos e empresas pertencentes à comunidade hindu têm circulado, indicando uma possível perseguição a essa minoria religiosa que é a maior no país de maioria muçulmana e que historicamente apoia a Liga Awami, partido de Hasina.

Diante desse cenário conturbado, o governo interino expressou sua preocupação com os ataques às minorias religiosas e anunciou medidas para conter esses atos de ódio. Além disso, a administração interina tem como prioridade fornecer apoio às famílias dos manifestantes mortos durante os protestos e garantir assistência aos feridos nos distúrbios recentes que resultaram em mais de 450 mortes.

No campo político, o novo presidente do Supremo Tribunal, Syed Refaat Ahmed, assumiu o cargo, substituindo Obaidul Hasan, um aliado de Hasina. Outras mudanças incluem a destituição do chefe da polícia e a nomeação em breve de um novo governador para o banco central.

As manifestações que levaram à queda de Hasina foram desencadeadas por protestos de estudantes contra um sistema de cotas que favorecia grupos ligados à Liga Awami. Nesse contexto, Yunus, um renomado economista conhecido como o “banqueiro dos pobres”, está empenhado em promover eleições livres e justas nos próximos meses.

Diante de toda essa turbulência política e social em Bangladesh, resta aguardar as próximas decisões e ações do governo interino liderado por Muhammad Yunus para tentar restabelecer a ordem e a estabilidade no país.

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