O voo 2283, operado pela companhia aérea Voepass, partiu de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O avião, um bimotor modelo 72-500 da fabricante franco-italiana ATR, caiu em uma área residencial de Vinhedo por volta das 13h25, horário local, após desaparecer do radar uma hora e 26 minutos após a decolagem.
Imagens chocantes registradas por moradores mostraram o avião caindo em queda livre em poucos segundos, impactando o jardim de uma casa no Residencial Recanto Florido. O avião ficou com a cabine de passageiros esmagada, resultando em um incêndio que carbonizou os corpos dos ocupantes.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) está analisando as caixas-pretas do avião para entender as circunstâncias que levaram à queda. A agência planeja divulgar um relatório preliminar dentro de 30 dias, sem favorecer nenhuma hipótese em particular.
Especialistas avaliam a possibilidade de formação de gelo nas asas do avião como um fator que pode ter contribuído para o acidente. No entanto, a companhia Voepass afirmou que a aeronave passou por manutenção rotineira sem apresentar problemas técnicos e que a tripulação estava de acordo com todas as regulamentações vigentes.
A identificação dos corpos dos 58 passageiros e 4 tripulantes está sendo realizada pelo Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, com algumas dificuldades devido ao estado dos corpos. Familiares das vítimas estão colaborando no processo de identificação, que pode envolver amostras de DNA, dentes e impressões digitais.
Este acidente aéreo deixa uma marca indelével na aviação brasileira e levanta questionamentos sobre a segurança e os protocolos de emergência nas operações aéreas no país. A investigação em andamento buscará esclarecer as causas desse trágico evento e contribuir para a prevenção de futuros acidentes.
