“Conseguimos nesta manhã 100% de sucesso em obter as informações de voz e dados que correspondem aos momentos que antecederam esse trágico evento”, afirmou o brigadeiro diante do local da queda da aeronave. Segundo ele, essa é a primeira fase da perícia nas caixas-pretas, com os trabalhos continuando nos laboratórios de análise e extração de dados de voos do Cenipa, em Brasília.
O próximo passo da investigação será a análise dos motores da aeronave, que serão levados para o IV Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, em São Paulo. A expectativa é de obter informações preliminares sobre o que ocorreu nos próximos 30 dias.
Além disso, equipes do escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil da França estão auxiliando na investigação do acidente, seguindo protocolos internacionais. Autoridades do Canadá, país da empresa fabricante de peças da aeronave, também devem se juntar à investigação.
A análise das caixas-pretas será fundamental para esclarecer a dinâmica dos últimos minutos do voo 2283 e determinar se houve comunicação de emergência por parte da aeronave. A caixa-preta, conhecida por sua cor laranja, resistiu à queda e ao fogo da explosão, permitindo a recuperação dos dados cruciais para a investigação. A expectativa é de que, com a colaboração de especialistas internacionais, sejam encontradas respostas sobre o trágico acidente que chocou o país.