Até o momento, os detalhes precisos do que causou o deslizamento ainda não estão claros, porém autoridades locais mencionaram uma possível “falha estrutural na massa de resíduos” como uma das razões. Irene Nakasiita, porta-voz da Cruz Vermelha de Uganda, lamentou que não havia esperança de encontrar mais sobreviventes, pois o deslizamento pegou a todos de surpresa e não há informações precisas sobre o número de pessoas desaparecidas.
O aterro de Kiteezi, localizado em uma área montanhosa empobrecida, é um vasto depósito de lixo que recebe centenas de caminhões diariamente. Além disso, é uma espécie de “terra sem dono” na cidade de 3 milhões de habitantes, onde mulheres e crianças buscam resíduos recicláveis para vender, mostrando a vulnerabilidade da população local.
O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, reagiu com indignação ao ocorrido e exigiu uma investigação sobre o desastre. Em uma série de postagens em uma rede social, questionou por que as pessoas estavam autorizadas a viver tão perto de uma pilha de lixo instável, levantando questões sobre a responsabilidade das autoridades locais e a necessidade de medidas preventivas.
O deslizamento no aterro sanitário de Campala é mais um triste episódio que evidencia a vulnerabilidade de comunidades em situações precárias ao redor do mundo, reforçando a importância de políticas públicas eficientes e ações de prevenção para evitar tais tragédias no futuro.