Repórter Recife – PE – Brasil

Deslizamento em aterro sanitário de Uganda mata 24 pessoas, incluindo 4 crianças, após falha estrutural desencadeada por chuvas

No último sábado, um trágico deslizamento de um aterro sanitário em Campala, capital de Uganda, chocou o mundo, deixando pelo menos 24 pessoas mortas, incluindo quatro crianças. As autoridades locais relataram que equipes de resgate com escavadeiras continuavam a busca por corpos de outras possíveis vítimas, em meio a uma cena de devastação causada pelas fortes chuvas que parecem ter desencadeado o desastre.

Até o momento, os detalhes precisos do que causou o deslizamento ainda não estão claros, porém autoridades locais mencionaram uma possível “falha estrutural na massa de resíduos” como uma das razões. Irene Nakasiita, porta-voz da Cruz Vermelha de Uganda, lamentou que não havia esperança de encontrar mais sobreviventes, pois o deslizamento pegou a todos de surpresa e não há informações precisas sobre o número de pessoas desaparecidas.

O aterro de Kiteezi, localizado em uma área montanhosa empobrecida, é um vasto depósito de lixo que recebe centenas de caminhões diariamente. Além disso, é uma espécie de “terra sem dono” na cidade de 3 milhões de habitantes, onde mulheres e crianças buscam resíduos recicláveis para vender, mostrando a vulnerabilidade da população local.

O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, reagiu com indignação ao ocorrido e exigiu uma investigação sobre o desastre. Em uma série de postagens em uma rede social, questionou por que as pessoas estavam autorizadas a viver tão perto de uma pilha de lixo instável, levantando questões sobre a responsabilidade das autoridades locais e a necessidade de medidas preventivas.

O deslizamento no aterro sanitário de Campala é mais um triste episódio que evidencia a vulnerabilidade de comunidades em situações precárias ao redor do mundo, reforçando a importância de políticas públicas eficientes e ações de prevenção para evitar tais tragédias no futuro.

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