Estados Unidos retomam vendas de armas ofensivas à Arábia Saudita após um ano de suspensão devido a operações sangrentas no Iêmen

Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (12) que retomarão as vendas de armas ofensivas à Arábia Saudita, encerrando uma suspensão que durou um ano devido às operações sangrentas do reino árabe no Iêmen. De acordo com o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, as vendas de armas serão desbloqueadas de forma regular, com notificação e consulta apropriadas ao Congresso.

O anúncio ocorre em um momento delicado, com a Arábia Saudita desempenhando um papel crítico para os Estados Unidos em meio ao confronto entre Israel e o Hamas em Gaza. Patel afirmou aos jornalistas em Washington que a Arábia Saudita continua sendo um parceiro estratégico próximo dos EUA, e que o governo americano pretende reforçar essa parceria.

A decisão marca uma mudança na abordagem do governo do presidente Joe Biden em relação à Arábia Saudita. Biden, ao assumir o cargo em 2021, prometeu uma nova postura, com ênfase nos direitos humanos, e anunciou que apenas enviaria armas de natureza defensiva ao país árabe.

Essa mudança de posição foi motivada pelas milhares de mortes de civis em ataques aéreos realizados pela coalizão liderada pela Arábia Saudita no Iêmen, incluindo crianças. No entanto, as considerações geopolíticas mudaram desde então, com as Nações Unidas mediando uma trégua no conflito iemenita com o apoio dos EUA.

Patel ressaltou que desde a trégua, não houve mais ataques aéreos sauditas no Iêmen, e o fogo transfronteiriço cessou. Com isso, a retomada das vendas de armas ofensivas representa um sinal de normalização das relações entre os dois países.

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