Repórter Recife – PE – Brasil

Presidente Lula lamenta morte de Delfim Netto e Maria da Conceição Tavares: “Perda de duas referências econômicas no Brasil”

O Brasil amanheceu nesta segunda-feira (12) com a triste notícia do falecimento do economista e ex-ministro Antônio Delfim Netto, aos 96 anos, em São Paulo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seu pesar por essa perda, destacando que o país também havia perdido recentemente a economista Maria da Conceição Tavares, em junho deste ano. Ambos foram considerados referências no debate econômico nacional.

Delfim Netto, nascido em São Paulo em 1928, teve uma longa carreira política e acadêmica. O ex-ministro ocupou importantes cargos nos governos do regime militar no Brasil, incluindo os de ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento. Sua contribuição política e econômica foi marcante, sendo um dos signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 1968, em um período conturbado da história brasileira.

Mesmo com discordâncias ao longo dos anos, o ex-presidente Lula reconheceu a importância de Delfim Netto em sua gestão, destacando a inteligência e competência do economista. Sua atuação na Comissão de Economia, juntamente com o atual presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, foi lembrada como um momento de debate qualificado sobre as políticas de desenvolvimento nacional.

Delfim Netto foi ministro da Fazenda durante o período de forte expansão econômica do Brasil, conhecido como o “milagre econômico”, e posteriormente ocupou o cargo de ministro do Planejamento. Sua influência foi reconhecida por diversas autoridades, como o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, e o ministro do STF, Dias Toffoli, que destacaram sua importância na história do país.

Internado desde o início do mês por complicações de saúde, Delfim Netto deixa um legado de contribuições para a economia brasileira e um vazio no debate econômico do país. Seu brilhantismo intelectual e sua visão visionária certamente serão lembrados e debatidos pelas futuras gerações de economistas e homens públicos.

Sair da versão mobile