Após as eleições presidenciais na Venezuela, houve um aumento significativo no número de prisões em massa, causando grande preocupação. A ONG venezuelana Foro Penal relatou 1,3 mil prisões no contexto dos protestos pós-eleitorais, enquanto as autoridades venezuelanas afirmaram que foram realizadas 2,2 mil prisões nesse período.
De acordo com o Escritório de Direitos Humanos da ONU, muitos dos detidos não tiveram acesso a advogados de sua escolha ou contato com suas famílias, levantando preocupações sobre possíveis casos de desaparecimento forçado. Enquanto o governo venezuelano justifica as prisões como combate a grupos pagos para promover o caos e um golpe de Estado.
Os movimentos sociais na Venezuela também se manifestaram contra as prisões e a repressão policial e militar dos últimos dias. Organizações como a Frente Democrática Popular e o Coletivo de Direitos Humanos Surgentes condenaram a criminalização do protesto e pediram respeito aos direitos dos manifestantes.
Por outro lado, o governo de Nicolás Maduro argumenta que as prisões são necessárias para conter grupos violentos que atacam prédios públicos e lideranças ligadas ao governo. O chefe do Ministério Público venezuelano, Tarek William Saab, destacou diversos ataques a escolas, sedes do PSUV e outras instituições como parte de um suposto plano insurrecional.
Diante das divergências entre o governo e as organizações de direitos humanos, a situação na Venezuela continua sendo motivo de preocupação internacional. A falta de diálogo e o aumento da repressão policial têm gerado críticas e levantado questionamentos sobre a realidade do país sul-americano neste momento delicado.