Segundo o Ministério da Saúde, a situação atual é considerada “bastante modesta, embora não desprezível”. O diretor do Departamento de HIV, Aids, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis da pasta, Draurio Barreira, ressaltou que, apesar dos riscos envolvidos na epidemia de mpox, ainda não há um cenário que cause temor em relação a um aumento abrupto nos casos no Brasil.
No entanto, a preocupação internacional com a mpox tem crescido, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a convocar um comitê de emergência para avaliar a situação na África. A disseminação do vírus em outros países além da República Democrática do Congo, juntamente com uma mutação que permitiu a transmissão entre pessoas, levantou a possibilidade de uma emergência em saúde pública de preocupação internacional.
No Brasil, os dados do Ministério da Saúde revelam que a maioria dos casos de mpox afeta homens, principalmente na faixa etária de 19 a 39 anos. Além disso, a doença tem impactado de forma significativa a população imunodeprimida, especialmente os homens que fazem sexo com homens. Entre os casos confirmados, a maioria das pessoas vivem com HIV, o que aumenta a vulnerabilidade da população afetada.
Em relação aos óbitos, a mpox apresenta uma taxa de letalidade baixa, com a maioria dos pacientes falecidos sendo imunodeprimidos vivendo com HIV. O tratamento da doença ainda enfrenta desafios, mas o Ministério da Saúde está buscando alternativas, como a importação de um medicamento que mostrou eficácia na redução da mortalidade.
Diante desse cenário, é importante manter a vigilância e adotar medidas preventivas para evitar novos surtos da doença no Brasil, especialmente considerando a possibilidade de uma disseminação global da mpox. A atuação coordenada entre as autoridades de saúde nacionais e internacionais é essencial para garantir a segurança da população diante desse desafio epidemiológico.