A Igreja da Inglaterra vem sendo duramente criticada por sua inação diante dos casos de pedofilia envolvendo membros do clero. Em resposta a uma investigação da BBC, os arcebispos de Canterbury e de York, Justin Welby e Steven Cottrell, expressaram seu pesar pela falta de apoio aos sobreviventes desses abusos.
Andrew Hindley teria recebido uma oferta de 240 mil libras esterlinas em 2022 para renunciar ao seu cargo, porém o valor exato não foi divulgado devido a questões de confidencialidade. O ex-arcebispo de Blackburn, Julian Henderson, defendeu a decisão da igreja de realizar um acordo financeiro, argumentando que era a única opção diante do risco que Hindley representava para as crianças e pessoas vulneráveis.
Apesar das acusações e investigações policiais contra o padre, ele alega ser inocente e afirma ser vítima de homofobia e vinganças pessoais. A BBC revelou que outras tentativas já tinham sido feitas para remover Hindley de suas funções, mas “influências e redes” foram utilizadas para garantir sua permanência na diocese.
Diante desse cenário, a Igreja Anglicana reforçou seu compromisso em lidar de forma mais eficaz com casos de abuso dentro de suas instituições e prometeu oferecer um suporte adequado às vítimas. A polêmica envolvendo o padre Andrew Hindley coloca em evidência a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa e de políticas mais transparentes para prevenir futuros incidentes de abuso dentro da igreja.