Repórter Recife – PE – Brasil

Ministério da Saúde investiga casos de transmissão vertical da febre do Oropouche com anomalias congênitas e óbitos em estados brasileiros.

O Ministério da Saúde está empenhado em investigar pelo menos oito casos de transmissão vertical da febre do Oropouche, doença transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Nessas situações, a infecção é passada da mãe para o bebê, sendo adquirida durante a gestação ou no momento do parto.

Os casos em análise foram registrados em três estados brasileiros: Pernambuco, Bahia e Acre. De acordo com informações da pasta, metade dos bebês nascidos nessas condições apresentaram anomalias congênitas, como microcefalia, enquanto a outra metade veio a óbito.

Recentemente, a Secretaria de Saúde do Ceará anunciou que está investigando um caso de um óbito fetal que pode estar associado à infecção por febre do Oropouche. Segundo a secretária de Saúde do estado, Tânia Coelho, a gestante em questão, residente de Baturité, foi atendida em Capistrano, e exames confirmaram a possível ligação da morte do feto com a doença.

No Acre, foi registrado um caso de bebê que nasceu com anomalias congênitas associadas à transmissão vertical da febre do Oropouche. A mãe da criança, após apresentar sintomas da doença durante a gravidez, teve exames laboratoriais positivos para o vírus. O recém-nascido faleceu aos 47 dias de vida, apresentando microcefalia, malformações nas articulações e outras anomalias congênitas.

A pasta ressalta a importância de investigações mais detalhadas para estabelecer uma correlação direta entre a contaminação vertical pela febre do Oropouche e as anomalias congênitas. Até o momento, foram registrados 7.497 casos da doença em 23 estados, com destaque para os estados do Amazonas e Rondônia. Duas mortes confirmadas na Bahia e um óbito em Santa Catarina ainda estão sob investigação.

Diante desse cenário preocupante, é essencial que a população esteja ciente dos riscos e adote medidas de prevenção, como manter os quintais limpos, evitando o acúmulo de folhas e lixo orgânico, além de usar roupas adequadas em locais com grande presença de insetos. A atenção e o cuidado com a saúde, especialmente durante a gestação, são fundamentais para evitar complicações decorrentes da febre do Oropouche.

Sair da versão mobile