Mpox no Brasil: queda expressiva nos casos em 2023 e estabilização em 2024 levanta preocupações globais, segundo Ministério da Saúde

Segundo os dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde, o Brasil apresentou uma redução significativa no número de casos de mpox desde o pico registrado em agosto de 2022. Naquele momento, o país contabilizou mais de 40 mil casos da doença. Um ano depois, em agosto de 2023, o total de casos caiu para pouco mais de 400. Em 2024, o maior número de casos foi registrado em janeiro, ultrapassando os 170.

Atualmente, em agosto de 2024, a média de novos casos de mpox se mantém entre 40 a 50 infecções. Para o diretor do Departamento de HIV, Aids, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis da pasta, Draurio Barreira, esse número é considerado “bastante modesto, embora não desprezível”. Ele ressaltou que, apesar dos números relativamente baixos, é importante manter a vigilância e a atenção em relação à doença.

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou um comitê de emergência para avaliar a situação da mpox na África e o risco de disseminação internacional da doença. O alto número de casos fora da República Democrática do Congo, juntamente com uma mutação viral que permite a transmissão entre pessoas, levou a OMS a considerar a possibilidade de declarar emergência em saúde pública de preocupação internacional.

No Brasil, os dados apontam que a maioria dos casos de mpox está concentrada no sexo masculino, com homens entre 19 e 39 anos sendo os mais acometidos pela doença. Cerca de 45,9% dos casos confirmados e prováveis no país declararam viver com HIV, sendo que a maior parte dos pacientes diagnosticados com a infecção são do sexo masculino e têm uma idade mediana de 34 anos.

Em relação às hospitalizações e óbitos, a taxa de letalidade da doença é de 0,14%, com um total de 16 óbitos registrados entre 2022 e agosto de 2024. A maioria das mortes foi de pacientes imunossuprimidos vivendo com HIV, representando 93,8% dos óbitos. O tratamento da doença ainda é um desafio, com o Ministério da Saúde buscando alternativas para garantir o acesso a medicamentos eficazes.

Diante desse cenário, é fundamental manter a vigilância e a prevenção da mpox no Brasil, principalmente entre os grupos mais vulneráveis e suscetíveis à doença. A atenção às orientações internacionais e a busca por tratamentos adequados são essenciais para controlar a disseminação da doença e garantir a saúde da população.

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