Apesar de uma melhora na situação em alguns países, como a ausência de notificações de casos no Mediterrâneo Oriental durante o mês de junho, a África ainda enfrenta dificuldades significativas no combate à doença. A República Democrática do Congo foi responsável por 96% dos casos confirmados na região em junho, demonstrando a necessidade de investimentos em testes laboratoriais em áreas rurais e esforços para conter a propagação do vírus.
Além disso, dados preliminares indicam uma expansão da mpox na África, com quatro novos países – Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda – reportando os primeiros casos ligados ao surto em expansão na região. Outros países, como a Costa do Marfim e a África do Sul, também confirmaram surtos da doença, alertando para a necessidade de ações coordenadas para prevenir uma maior propagação.
Os números do relatório também apontam para um perfil específico de pacientes afetados pela mpox, com 96,4% dos casos confirmados sendo do sexo masculino, com idades predominantemente entre 18 e 44 anos. O modo de transmissão mais comum é o contato sexual, seguido por contato não sexual entre pessoas, destacando a importância da conscientização sobre práticas seguras.
Em relação aos sintomas, a erupção cutânea foi o mais comum entre os casos relatados, seguido por febre e outras manifestações dermatológicas. A associação entre mpox e HIV também foi destacada, com cerca de metade dos casos relatados em pessoas vivendo com HIV.
Diante desses desafios e dados alarmantes, a OMS reforça a importância de estratégias integradas de prevenção, testagem e tratamento para controlar a propagação da mpox e proteger a saúde pública globalmente. A cooperação internacional e o fortalecimento dos sistemas de saúde são fundamentais para enfrentar essa e outras ameaças à saúde global.
