Moro sugeriu que as agências fossem baseadas nas controladorias existentes nos municípios, porém com poderes mais amplos e autonomia garantida. O modelo proposto pelo senador seria semelhante ao do Banco Central, com diretores ou presidentes nomeados pelo prefeito e mandatos fixos. A ideia é fortalecer as instituições locais e criar um contraponto ao que o senador considera um desgoverno e descontrole por parte do governo federal.
Durante seu discurso, Sergio Moro fez críticas ao governo federal por não priorizar uma política de combate à corrupção e por tentar enfraquecer mecanismos já existentes, como a Lei das Estatais. O senador citou uma recente tentativa do Executivo de enfraquecer essa lei, que foi aprovada após a Operação Lava Jato com o objetivo de melhorar a governança das empresas estatais. Para Moro, a postura do governo federal em relação à corrupção está refletindo negativamente na gestão das estatais, que voltaram a apresentar prejuízos.
Em sua fala, o senador enfatizou a importância da criação das agências municipais anticorrupção como um primeiro passo para fortalecer a prevenção e o combate à corrupção no Brasil. Ele destacou a necessidade de atuação a nível local para enfrentar os desafios enfrentados no país e para contrapor a postura considerada prejudicial do governo federal. A proposta de Sergio Moro visa trazer mais transparência, governança e eficiência para a gestão pública no contexto municipal.