A tragédia foi denunciada pelo Exército, que ressaltou a violência cometida pelos terroristas contra civis indefesos na área de Mehana. Os jihadistas têm deixado um rastro de morte e destruição no país, que enfrenta não apenas a ameaça desses grupos extremistas, mas também a violência do Boko Haram e do Estado Islâmico na Província da África Ocidental.
Esses ataques acontecem em um momento delicado para o Níger, que atualmente é governado por um governo militar que assumiu o poder em um golpe ocorrido em julho. A deterioração da segurança no país foi um dos motivos alegados para a tomada do poder pelos militares. Além disso, o país tem enfrentado um aumento da violência extremista, com os jihadistas matando cerca de 1,5 mil civis e soldados no último ano, de acordo com o projeto Acled.
De acordo com dados do Acled, entre agosto de 2022 e julho de 2023, foram registradas 650 mortes em decorrência dos ataques jihadistas no Níger. A situação no país continua preocupante, com a população civil sendo a principal vítima dessa violência desenfreada. A comunidade internacional tem pressionado o governo nigeriano a encontrar soluções para conter a violência e proteger seus cidadãos da ameaça terrorista que assola a região.