As famílias de renda muito baixa continuam apresentando a menor taxa de inflação acumulada em 12 meses, com 4,05%, enquanto a faixa de renda alta registrou a taxa mais elevada, de 5,09%. O principal ponto de descompressão inflacionária para todas as faixas de renda foi o grupo de alimentos e bebidas, com a queda de preços em 10 dos 16 segmentos que compõem esse conjunto de produtos.
As deflações em itens importantes como cereais, tubérculos, frutas, aves e ovos, leites e derivados foram responsáveis por um alívio inflacionário, principalmente para as famílias de menor poder aquisitivo. Por outro lado, reajustes nos preços da energia elétrica e do gás de botijão contribuíram positivamente para a inflação, especialmente entre as famílias de renda baixa.
Os aumentos nos preços dos combustíveis, do seguro veicular e das passagens aéreas afetaram mais as famílias de renda alta, juntamente com o aumento nos serviços pessoais e de lazer. Na comparação com julho de 2023, todas as faixas de renda tiveram um avanço na inflação, com as famílias de renda muito baixa sendo as mais impactadas.
O grupo habitação foi um dos que mais contribuiu para o aumento da inflação, assim como o grupo de artigos de residência e vestuário. A inflação acumulada em 12 meses mostrou aceleração para todas as classes de renda, com a faixa de renda alta registrando a taxa mais elevada. Em termos absolutos, o segmento de renda baixa foi o que apresentou a menor taxa de inflação.