Segundo Barbosa, as condições meteorológicas durante o voo foram classificadas como “caóticas”. O especialista identificou que a aeronave enfrentou uma zona meteorológica crítica por quase 10 minutos, entre 13h10 e 13h19, onde as temperaturas chegaram a até 40 graus negativos. Ele destacou que a aeronave reduziu a velocidade e atravessou nuvens supercongeladas durante esse período.
A análise das imagens permitiu verificar que a aeronave passou rapidamente por áreas com formação de gelo e água supercongelada, além de ter enfrentado ventos fortes que atuavam na mesma direção do voo, causando ainda mais instabilidade. Essas condições atípicas de congelamento, juntamente com a presença de nuvens do tipo Cirrocumulus, contribuíram para as severas turbulências enfrentadas pelo avião.
O fenômeno meteorológico mais provável apontado pelo especialista como causa do acidente foi a entrada da aeronave em condições de formação de gelo, o que poderia ter levado à perda de sustentação. A queda da aeronave, que despencou mais de 4 mil metros de altura em apenas um minuto até atingir o solo, resultou na morte de 62 pessoas e ainda está sendo investigada pelas autoridades competentes.
Tanto o Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo, que concluiu que as vítimas morreram de politraumatismo, quanto a Polícia Civil de São Paulo, que instaurou um inquérito para investigar o acidente, estão trabalhando em conjunto com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) para esclarecer as circunstâncias que levaram à tragédia. A análise das condições meteorológicas, como destacada pelo professor Humberto Barbosa, desempenha um papel fundamental nesse processo de investigação.
