Os dois viveram juntos por oito anos e têm um filho em comum. Desde as acusações, Yáñez conseguiu uma medida protetiva na justiça que impede Fernández de se aproximar dela. Além disso, ela detalhou circunstâncias das agressões em um documento de 20 páginas apresentado à justiça.
O promotor federal Ramiro González acusou Fernández de lesões leves e graves, ameaças coercitivas e nove atos de violência relatados por Yáñez. Entre os atos, estaria a força para um aborto e agressões físicas que causaram ferimentos visíveis na ex-companheira.
Funcionários da Quinta de Olivos, residência presidencial, teriam testemunhado atos de violência de Fernández contra Yáñez, que teria sido puxada pelos cabelos e braço. Fernández nega as acusações e prometeu provar sua inocência nos tribunais.
As denúncias de Yáñez expuseram uma suposta situação de violência doméstica envolvendo o casal. A ex-primeira-dama relatou ter sido vítima de terrorismo psicológico e assédio telefônico. Fernández, no entanto, argumenta que a imagem da ex-companheira com um olho roxo é resultado de um tratamento cosmético.
Desde que as acusações vieram à tona, Fernández permaneceu recluso em seu apartamento em Buenos Aires. O caso ainda segue em investigação e González solicitou medidas adicionais de coleta de provas. A sociedade argentina aguarda o desenrolar desse caso envolvendo um ex-presidente e sua ex-companheira.