A inalação da fumaça da maconha é apontada como a principal causa dessa relação entre o vício em cannabis e o desenvolvimento dessas doenças. A pesquisa apontou que a queima da maconha em temperaturas mais altas do que o tabaco e a profundidade da inalação estão ligadas ao aumento do risco de inflamação que pode causar câncer. O cirurgião de cabeça e pescoço Niels Kokot, autor sênior do estudo, ressaltou que a fumaça produzida pela maconha pode ser ainda mais prejudicial do que a do tabaco.
Além disso, o estudo também destacou que o uso crônico de maconha pode aumentar o risco de infarto e derrame. Uma pesquisa anterior, publicada no Journal of the American Heart Association, apontou que usuários diários da droga têm um risco 25% maior de ataque cardíaco e um risco 42% maior de acidente vascular cerebral.
No Brasil, o porte para uso pessoal de maconha foi descriminalizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para quantidades entre 25 e 60 gramas ou seis plantas fêmeas de cannabis. No entanto, a venda e o cultivo continuam sendo ilegais no país.
Esses achados científicos alertam para os riscos e consequências do uso frequente da maconha, não apenas em relação ao câncer de cabeça e pescoço, mas também em relação a problemas cardíacos e cerebrais. É essencial que as pessoas estejam cientes dos impactos à saúde associados ao consumo dessa substância e tomem decisões informadas sobre o seu uso.