A decisão foi anunciada após uma reunião com a Voepass (antiga Passaredo) nesta sexta-feira (16). A Anac não entrou em detalhes sobre como será realizado o monitoramento intensificado e qual seria a diferença em relação ao acompanhamento que já vinha sendo feito pela agência.
Segundo a Anac, o gerenciamento da segurança na aviação civil é uma atividade contínua, sendo realizada de forma constante pelos órgãos que compõem o sistema de aviação brasileiro. Os operadores aéreos, incluindo a Voepass, devem enviar constantemente dados de desempenho de sua frota à Anac, o que engloba possíveis interrupções mecânicas,indisponibilidade de aeronaves ou dificuldades no serviço.
Diante do contexto pós-acidente aéreo, a agência entende a importância da intensificação da vigilância continuada e do monitoramento do serviço prestado pela empresa, estabelecendo parâmetros para evitar anormalidades na operação.
Até o momento, a causa do acidente ainda não foi esclarecida e dependerá das investigações oficiais do Cenipa, órgão da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável por apurar acidentes com aeronaves. Especialistas levantam a possibilidade de formação de gelo nas asas do avião, o que poderia ter levado a aeronave a perder sustentação e cair. O modelo ATR-72 tem maior propensão à formação de gelo devido à altitude em que voa. No dia do desastre, o sistema oficial da Rede de Meteorologia da Aeronáutica (Redemet) havia alertado sobre a possibilidade de formação de gelo severa.
Além disso, as condições meteorológicas no momento do voo eram atípicas devido a uma grande umidade e a presença de uma frente fria. Segundo análises de especialistas, o voo enfrentou uma zona meteorológica crítica de nove minutos, onde a aeronave reduziu a velocidade e atravessou nuvens supercongeladas de até 40 graus negativos.
A Anac orienta ainda os passageiros em caso de atrasos, cancelamentos e interrupções nos voos, as empresas devem manter o passageiro informado a cada 30 minutos quanto à previsão de partida dos voos atrasados e oferecer assistência material gratuitamente, dependendo do tempo de espera no aeroporto, contado a partir do momento do atraso, cancelamento ou interrupção.
Assim, a Anac e demais autoridades competentes seguem empenhadas em garantir a segurança e a qualidade dos serviços prestados pelas companhias aéreas, a fim de evitar acidentes similares no futuro.