Aumento de casos de SRAG em crianças e adolescentes em SP e BA preocupa, aponta Boletim InfoGripe da Fiocruz

O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado recentemente, revelou um aumento preocupante de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nos estados de São Paulo e Bahia, com maior incidência em crianças e adolescentes de dois a 14 anos. Esse crescimento é um alerta para as autoridades de saúde, que precisam estar atentas à situação e adotar medidas para conter a propagação dessas doenças respiratórias.

Além disso, o boletim apontou também um aumento nos casos de SRAG por Covid-19 entre os idosos em estados como Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. O cenário epidemiológico desses estados sugere a necessidade de reforçar as estratégias de prevenção e controle da doença, especialmente entre os grupos de maior risco.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, destacou que na Bahia o aumento de casos de SRAG está relacionado ao rinovírus, enquanto em São Paulo ainda não é possível fazer essa associação. No entanto, considerando o perfil dos pacientes afetados e o contexto epidemiológico do país, é provável que o rinovírus também esteja contribuindo para o aumento de casos no estado.

A diminuição da SRAG no âmbito nacional se deve à queda ou interrupção no crescimento dos casos de SRAG por vírus sincicial respiratório (VSR) e influenza A em grande parte do país. No entanto, o VSR ainda é a principal causa de internação e óbitos em crianças até dois anos, apesar da redução de casos nas últimas semanas. O rinovírus também merece destaque, sendo um dos vírus respiratórios mais incidentes em crianças e adolescentes até 14 anos.

Em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais, onde a influenza A apresentava aumento entre os idosos, já é possível observar uma desaceleração desse crescimento. Quanto ao VSR, a redução de casos já está mais consolidada em boa parte do território nacional. É fundamental que as autoridades de saúde continuem monitorando de perto a evolução desses casos e adotando as medidas necessárias para proteger a população.

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