A oposição, que reivindica a vitória de seu candidato, Edmundo González Urrutia, convocou para este sábado (17) um “Grande Protesto pela Verdade” em mais de 300 cidades da Venezuela e do mundo, incluindo a capital, Caracas, onde Machado planeja participar. Enquanto isso, o chavismo também se prepara para sua própria mobilização.
Durante uma transmissão ao vivo no Instagram com influenciadores venezuelanos, Machado afirmou que “nesta situação, todos devem manter a luta e a força”. Ela também destacou que, diante da fragilidade moral do regime de Maduro, é comum o uso de mentiras, repressão, violência e desmoralização como estratégias.
Segundo a opositora, o dia das mobilizações será histórico e ela ressaltou que “não há volta atrás” e que todos devem seguir juntos até o fim. A eleição em questão ocorreu em 28 de julho e declarou Maduro como vencedor com 52% dos votos. A oposição alega ter cópias de mais de 80% das atas de votação, que comprovariam uma ampla margem de vitória de seu candidato.
Os protestos que eclodiram logo após o anúncio da vitória de Maduro resultaram em 25 mortes e mais de 2.400 detenções. A autoridade eleitoral venezuelana ainda não divulgou as atas de votação, o que gerou desconfiança em relação ao processo eleitoral e pedidos internacionais por transparência.
Países como Brasil e Colômbia têm liderado esforços diplomáticos para resolver o conflito e propuseram a realização de novas eleições presidenciais, ideia que foi rejeitada tanto por Maduro quanto por Machado. A opositora enfatizou que a cada dia que passa o regime de Maduro se enfraquece, enquanto eles se fortalecem. Ela ressaltou que o tempo não está a favor do governo atual.
Em meio a esse cenário de incertezas e tensões, a população venezuelana aguarda ansiosa os desdobramentos das mobilizações e as possíveis consequências para o futuro político do país.