Durante dois dias, entre 14 e 16 de agosto de 1908, uma multidão de manifestantes brancos saqueou, queimou e destruiu casas e negócios pertencentes a afro-americanos em Springfield. Esses distúrbios resultaram em várias mortes e despertaram a consciência da nação, gerando a criação de organizações importantes como a Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor (NAACP).
O presidente Biden enfatizou a relevância de marcar tais eventos para que as futuras gerações compreendam a história e a resiliência da comunidade negra diante da opressão violenta. A decisão de estabelecer o monumento foi um reconhecimento da importância desses acontecimentos e da luta contínua contra o racismo e a violência enfrentada pelos americanos negros.
A designação do monumento nacional também ocorre em um momento conturbado, com o recente assassinato de Sonya Massey, uma mulher negra, por um policial branco em Springfield. Segundo a Casa Branca, os Estados Unidos registram 2.503 ataques contra pessoas negras entre 1882 e 1910, evidenciando a longa e dolorosa história de discriminação racial no país.
Com esta ação, o presidente Biden busca deixar sua marca na preservação da história e no combate às injustiças raciais, reforçando a importância da inclusão e da igualdade em todo o território americano. A criação do Monumento Nacional aos Distúrbios Raciais de Springfield de 1908 é mais um passo na direção de um reconhecimento e respeito pela diversidade e pela memória da luta por direitos civis nos Estados Unidos.