Uma das suas grandes contribuições foi a criação do primeiro telejornal no Brasil com a presença de um âncora, que não apenas apresentava as notícias, mas também as comentava e analisava. Ao lado de jornalistas como Boris Casoy e Lillian Witte Fibe, Silvio Santos foi pioneiro na introdução dessa dinâmica na televisão brasileira.
Albino Castro, jornalista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que trabalhou com Silvio Santos no SBT por 12 anos, ressaltou a visão jornalística do empresário, que tinha uma abordagem única ao misturar elementos de entretenimento com notícias. Segundo Castro, Silvio Santos via o jornalismo como algo espetacular e extraordinário, o que se refletia em seus programas como o Aqui Agora.
Além disso, Silvio Santos inovou na forma como os telejornais eram estruturados, adotando uma abordagem mais dinâmica e integrada, sem a divisão tradicional em seções ou editorias. Essa mudança na apresentação das notícias foi posteriormente adotada por outras emissoras e se tornou uma prática comum na televisão brasileira.
A morte de Silvio Santos, aos 90 anos, foi causada por complicações decorrentes de uma broncopneumonia após contrair Influenza (H1N1). Ele deixa para trás sua esposa, filhas, netos e bisnetos, além de um legado marcante no jornalismo e entretenimento brasileiros. Seu trabalho e contribuições para a mídia nacional certamente serão lembrados e celebrados por gerações futuras.
