Essa ofensiva não simplesmente representou um grave ataque ao Exército do Mali, mas também trouxe à tona a presença de um ator externo influenciador: a Ucrânia. De acordo com um porta-voz da inteligência militar de Kiev, os tuaregues receberam informações cruciais que permitiram a bem-sucedida operação contra os mercenários russos. Isso incluiu treinamentos no uso de drones, uma ferramenta cada vez mais presente em conflitos, principalmente na região africana.
A estratégia da Ucrânia de apoiar milícias em conflito com os interesses russos na África tem trazido riscos significativos, com a recente ruptura de relações diplomáticas entre o Mali e Kiev. O apoio a grupos que se opõem ao Grupo Wagner, liderado por Yevgeny Prigojin e caracterizado por suas intervenções em diversos países africanos, visa minar a influência russa na região.
O Grupo Wagner se tornou uma ferramenta importante da política externa russa, estabelecendo laços com governos locais e fornecendo segurança, ao mesmo tempo em que busca vantagens financeiras e estratégicas para Moscou. Porém, as ações ucranianas têm representado um desafio considerável a essa influência russa, complicando a diplomacia do país no continente africano.
A atuação ucraniana em apoio às milícias tuaregues e a quebra de relações diplomáticas entre países vizinhos e aliados próximos indicam uma importante mudança nas dinâmicas geopolíticas da região. As repercussões desses eventos podem trazer impactos significativos para os envolvidos e sinalizam mudanças iminentes nas relações internacionais na África.