Esses atendimentos ocorrem por toda a tarde em diversos locais. Em São Paulo, por exemplo, foi montado um posto de atendimento na Praça da Sé, lembrando um episódio trágico que ocorreu exatos 20 anos atrás, no qual sete pessoas que dormiam na rua foram assassinadas. Esse massacre brutal marcou o 19 de agosto como o Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua.
De acordo com um levantamento divulgado em julho pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais, estima-se que 300 mil pessoas vivem nas ruas do Brasil, um aumento em relação aos 242.756 contabilizados em dezembro de 2023. Só no estado de São Paulo, uma em cada três pessoas em situação de rua reside, totalizando 126.112 habitantes.
As demandas apresentadas pelos moradores em situação de rua são diversas e vão desde conflitos familiares até a busca por acesso a políticas públicas de assistência social e moradia. A ausência de documentos e a dificuldade em se beneficiar dos programas sociais são algumas das questões enfrentadas por essa população.
Por essa razão, a presença dos defensores públicos nas ruas se torna fundamental para promover a garantia de direitos e auxiliar na busca por uma vida mais digna para as pessoas em situação de rua. Além dos mutirões de atendimento, atividades de educação em direitos também estão sendo promovidas em diversos estados, evidenciando a importância dessa ação.