Composto por apenas 30 delegados de oito estados americanos, o Movimento Não Comprometido alega representar os interesses de cerca de 700 mil eleitores. Para eles, a saída de Biden da disputa não foi motivo de nostalgia, e a ascensão de Harris é vista com ceticismo. A delegada de Minnesota, Asma Mohammed, afirmou que o partido precisava de uma mudança e criticou Biden por seu apoio incondicional a Israel durante o conflito em Gaza.
Mohammed e seus colegas esperavam ver uma renovação dentro do partido durante a convenção, mas se decepcionaram ao perceber a ausência de vozes pró-palestinas entre os oradores. Eles lutaram para dar voz à doutora Tanya Haj-Hassan, que testemunhou os horrores da guerra em Gaza, mas tiveram apenas um espaço secundário para apresentar suas ideias.
Enquanto isso, do lado de fora do local da convenção, centenas de pessoas se manifestaram gritando “Palestina livre!”. Dentro da arena, delegados cobriram a boca em protesto contra a política de Biden em relação a Gaza. A divergência de opiniões sobre o conflito entre Israel e o Hamas tem marcado a convenção democrata e colocado em evidência as tensões internas do partido.
Embora Kamala Harris seja vista como uma figura mais empática do que Biden, os delegados do Movimento Não Comprometido insistem que palavras não são suficientes e pedem ações concretas para resolver a crise em Gaza. Enquanto a convenção avança, as vozes dissonantes dentro do partido continuam a ecoar em meio aos preparativos para a eleição presidencial nos EUA.
