Desenvolvimento de vacina brasileira contra mpox é prioridade do Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG em resposta à emergência global

O Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) tem sido protagonista na luta contra o mpox, uma emergência global que ocorre há 2 anos. O foco está no desenvolvimento de um imunizante brasileiro capaz de prevenir a infecção. Essa iniciativa é parte das prioridades da Rede Vírus, um comitê de especialistas em virologia que busca desenvolver diagnósticos, tratamentos, vacinas e conteúdo sobre vírus emergentes no Brasil.

Recentemente, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, declarou emergência em saúde pública de importância internacional devido ao aumento de casos e surgimento de uma nova variante do mpox no continente africano. No Brasil, até o momento, 709 casos da doença foram identificados este ano, sem nenhum causado pela nova variante.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) destacou que em 2022 o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos doou material para a UFMG como ponto de partida para o desenvolvimento do imunizante. A pesquisa está focada em aumentar a produção e obter matéria-prima em grande escala.

A vacina brasileira é composta por um vírus semelhante ao da mpox, atenuado para perder a capacidade de se multiplicar em hospedeiros mamíferos. Comparada a outras vacinas disponíveis, a brasileira parece ter menos contra indicações e efeitos colaterais.

Com a declaração de emergência global da OMS, o Ministério da Saúde está negociando a compra de doses da vacina Jynneos. A Anvisa já aprovou o uso provisório do imunizante e o Brasil já recebeu e aplicou milhares de doses. A busca por uma solução eficaz contra o mpox continua sendo uma das prioridades das autoridades de saúde brasileiras.

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