A última vez que as candidaturas de negros superaram as de brancos foi nas eleições gerais de 2022, quando representaram 50,2% do total. Nas eleições municipais de 2018, essa taxa era de apenas 46,4%. Esses dados demonstram um avanço na representatividade política da população negra no país.
Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou que, dos 456.310 pedidos de registro de candidatura neste ano, 155 mil são de mulheres, representando 33,96% do total. A sigla com maior percentual de candidaturas negras foi o PCdoB, enquanto o Novo tem o maior percentual de mulheres não negras candidatas.
É importante ressaltar que a distribuição dos recursos públicos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário é feita de acordo com os percentuais de candidaturas de mulheres e pessoas negras. A legislação determina a destinação de pelo menos 30% dos recursos para campanhas de mulheres e, recentemente, foi aprovada uma PEC que determina a aplicação de 30% dos recursos públicos para campanhas eleitorais nas candidaturas de pessoas negras.
Esses dados refletem uma mudança importante na política brasileira, mostrando um maior reconhecimento racial e uma evolução na representatividade dos candidatos nas eleições municipais deste ano. A população negra, que compõe 56,1% da população brasileira de acordo com o IBGE, está ganhando espaço e voz na cena política do país.