O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez o anúncio da emergência global por mpox em um vídeo no YouTube, onde alertou sobre a preocupante situação do surto da doença na África. O surgimento de uma nova variante de mpox na República Democrática do Congo e sua rápida disseminação para países vizinhos levantou o alerta para uma possível propagação em escala continental.
Apesar da gravidade da situação, Tedros não mencionou a necessidade de implementar mega lockdowns como medida de contenção da doença. Em vez disso, ele destacou a importância da coordenação entre os governos para enfrentar o vírus de forma conjunta e compartilhar ferramentas e informações para conter a transmissão.
A OMS divulgou uma lista de recomendações temporárias para os países afetados pelo surto de mpox, com orientações para melhorar a vigilância da doença, fornecer apoio clínico aos pacientes e estabelecer a colaboração para gerenciar casos em regiões de fronteira. A entidade enfatizou a importância de não impor restrições gerais aos fluxos de viagem e comércio, a menos que seja absolutamente necessário.
Em relação ao Brasil, o Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde para coordenar as ações de resposta à mpox no país. A pasta informou que a vigilância para a doença sempre foi uma prioridade e que está em negociações para adquirir doses emergenciais de vacinas contra a mpox.
Apesar do cenário preocupante, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou a importância da vigilância e monitoramento da doença, e destacou a necessidade de uma abordagem seletiva na vacinação, focada em públicos-alvo específicos. Até o momento, o Brasil se encontra em um nível de alerta 1, com um cenário de normalidade para a mpox e sem casos da nova variante. O último óbito pela doença foi registrado em abril de 2023.
Portanto, é fundamental que os países atuem de forma coordenada e sigam as recomendações da OMS para conter a propagação da mpox e garantir a saúde e segurança de suas populações.