OMS não recomenda mega lockdowns para controlar mpox, apesar de declaração de emergência global

Na última quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde declarou a mpox uma emergência em saúde pública de importância internacional. Esse anúncio repercutiu nas redes sociais, gerando boatos sobre a possibilidade de novos mega lockdowns. No entanto, a entidade não recomendou aos Estados-membros a implementação de isolamentos sociais em massa, como ocorreu durante a pandemia de covid-19.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez o anúncio da emergência global por mpox em um vídeo oficial no YouTube. Durante a transmissão, que durou 53 minutos, Tedros não mencionou a necessidade de mega lockdowns para conter a disseminação da doença. Ele destacou a preocupação com a nova variante detectada na República Democrática do Congo e sua disseminação em países vizinhos.

Após a declaração, a OMS divulgou uma lista de recomendações temporárias para países afetados pela mpox, como a República Democrática do Congo, Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda. Essas orientações incluíram uma melhor coordenação da resposta à emergência, ampliação da vigilância da doença e o fornecimento de apoio clínico, nutricional e psicossocial aos pacientes.

Além disso, a OMS destacou a importância de estabelecer acordos de colaboração para a vigilância e gestão de casos de mpox em regiões de fronteira. O diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, ressaltou que a mpox não é uma nova covid e que é possível controlar a doença por meio de medidas específicas.

No Brasil, o Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde para coordenar as ações de resposta à mpox. O país se encontra no nível 1 da emergência, com um cenário de normalidade para a doença e sem casos da nova variante. A pasta informou que está monitorando a situação global e negociando a aquisição de doses de vacinas contra a mpox.

Em resumo, a OMS alertou para a emergência da mpox, mas não recomendou lockdowns em massa. As orientações visam coordenar a resposta à doença e garantir o cuidado aos pacientes afetados. A situação no Brasil é considerada como de normalidade, com medidas preventivas em vigor para evitar a disseminação da doença.

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