Segundo informações do ONS, o volume de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas está abaixo da média histórica, o que tem impactado na geração de energia elétrica, especialmente nos horários de pico de consumo, como durante a noite. Diante desse cenário, o ONS destacou a necessidade de adotar medidas operativas adicionais e preventivas para garantir o abastecimento energético nos meses de outubro e novembro, momentos de maior demanda por energia.
Apesar das recomendações feitas pelo ONS, o órgão assegurou que não há problemas de atendimento energético no país e que o Sistema Interligado Nacional possui recursos suficientes para suprir a demanda. Atualmente, o nível de Energia de Armazenamento dos reservatórios do Subsistema Norte está em 80,96%, um percentual ligeiramente inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior.
Em relação ao sistema de bandeiras tarifárias, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu a bandeira verde para o mês de agosto, devido às condições favoráveis de geração de energia elétrica no país. O bom volume de chuvas na Região Sul contribuiu para essa decisão da Aneel, que indica um cenário positivo para a geração de energia.
O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro, ressaltou a importância da energia solar e como a queda na produção no fim do dia pode impactar na geração elétrica total do país. Castro explicou que a expansão das usinas solares no Brasil pode desencadear problemas estruturais no futuro, pois a produção solar não consegue suprir a demanda quando a geração cai durante a noite.
Por fim, a Absolar informou que o Brasil alcançou 39 gigawatts de potência instalada de energia fotovoltaica neste ano e que a geração de energia solar vem crescendo significativamente. A entrada em operação de novas centrais fotovoltaicas tem contribuído para o aumento da capacidade de geração de energia solar no país, indicando uma tendência de expansão dessa fonte de energia sustentável.