Uma nova cepa do vírus, denominada Clado 1b, levanta várias questões sobre sua transmissão e gravidade, aspectos que ainda estão sendo investigados. O virologista José Antonio López Guerrero, professor de Microbiologia da Universidade Autônoma de Madri, destaca que as relações sexuais têm sido apontadas como a principal forma de contágio, especialmente em práticas sexuais de risco sem o uso de preservativos.
O especialista ressalta que, embora o vírus pox seja complexo, ele possui características que o tornam menos mutável em comparação com outros vírus. No entanto, a nova cepa identificada na República Democrática do Congo parece ser mais letal, o que levanta preocupações sobre sua disseminação e impacto na população.
Embora a transmissão do vírus esteja associada principalmente a relações sexuais e contato com as pústulas causadas pela doença, ainda há muitas incógnitas a serem esclarecidas, como a possibilidade de transmissão por pessoas assintomáticas. Por isso, a conscientização e a necessidade de práticas preventivas são fundamentais para conter a propagação da doença.
A vacinação também desempenha um papel crucial no controle da mpox, com pesquisas em andamento para desenvolver vacinas específicas e testar novos antivirais. Enquanto a comunidade científica se mobiliza para o combate ao surto, é importante que as autoridades e a população estejam preparadas e vigilantes diante do risco representado pelo vírus mpox.
Embora a declaração de emergência internacional possa trazer à memória a pandemia de Covid-19, é fundamental destacar que os vírus responsáveis por essas doenças são distintos. A resposta coordenada e informada é essencial para evitar o pânico e garantir a segurança da população diante do atual surto de mpox na África.
