Disputas eleitorais violentas na Venezuela resultam em duas mortes, elevando total para 27 desde a reeleição de Maduro.

Recentemente, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou um aumento no número de mortes relacionadas a eventos violentos no país. As duas novas mortes registradas elevaram o total para 27 desde as eleições controversas que geraram a reeleição do presidente Nicolás Maduro, sob alegações de fraude pela oposição.

De acordo com Saab, as duas vítimas eram motociclistas e as circunstâncias de suas mortes estão sendo investigadas pelo Ministério Público. A falta de detalhes sobre os casos levanta dúvidas e incertezas sobre as causas e responsabilidades por trás dessas tragédias.

Em declarações anteriores, o procurador atribuiu a responsabilidade pela maioria das mortes à oposição, que liderou protestos contra a reeleição de Maduro no final de julho. Esses protestos resultaram em centenas de feridos e milhares de detidos, sendo acusados pelo governo de agir como “terroristas”.

A proclamação de Maduro como vencedor das eleições pelo Conselho Nacional Eleitoral continua gerando controvérsias, com a oposição denunciando fraude e alegando possuir provas de sua vitória nas urnas. A falta de transparência e alegações de hackeamento do sistema de votação levaram a um impasse político no país.

Diante das denúncias e questionamentos, Maduro recorreu ao Tribunal Supremo de Justiça, que validou sua reeleição para um terceiro mandato de seis anos. Além disso, o presidente acusou membros da oposição de conspirarem contra o governo e solicitou a prisão de dois líderes, apesar da ausência de mandados de prisão.

O Ministério Público se comprometeu a aprofundar as investigações sobre as mortes relacionadas aos eventos pós-eleitorais, buscando esclarecer as circunstâncias e responsabilidades por trás dessas tragédias. A situação política na Venezuela continua delicada e tumultuada, com desconfiança e tensões se agravando entre as diferentes facções políticas no país.

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