O Censo Demográfico de 2022, que tinha como data de referência o dia 1º de agosto, contabilizou 195,101 milhões de brasileiros. Após as imputações para os domicílios ocupados que não tiveram entrevista realizada, o total populacional encontrado foi de 203,081 milhões em todo o Brasil. No entanto, as Estimativas e Projeções da População, com data de referência em 1º de julho de cada ano civil, ajustaram esse número para 202,953 milhões de pessoas.
Após a incorporação dos dados de registros administrativos previstos na metodologia das Projeções, a população brasileira foi estimada em 210,863 milhões em 1º de julho de 2022, uma diferença de 7.910.199 habitantes a mais do que no Censo Demográfico.
Os dados revelam que houve uma omissão na contagem de pessoas, especialmente na faixa de crianças e jovens. Izabel Guimarães Marri, pesquisadora do IBGE, ressaltou que a conciliação de dados indica uma possível omissão maior no Censo em comparação com levantamentos anteriores.
A diferença populacional encontrada foi mais concentrada abaixo dos 40 anos de idade, com um aumento significativo no contingente de homens e mulheres nessa faixa etária. Além disso, houve ajustes nas populações censitárias por Unidades da Federação, destacando-se Rondônia, Amapá, e Rio de Janeiro.
As Projeções da População são essenciais para orientar políticas públicas e a redistribuição de recursos entre os municípios e estados. Esses dados também são fundamentais para a atualização de pesquisas domiciliares, como a Pnad Contínua, que analisa a evolução do mercado de trabalho, além de outras importantes pesquisas relacionadas à saúde e orçamentos familiares.